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O que é a retinopatia diabética?

É um problema que compromete a retina (parte do globo ocular, onde se forma a visão) e que pode, se não for tratado ou prevenido, levar a perda visual progressiva e, até, à cegueira total. Essa retinopatia acomete pessoas com diabetes, em especial, aqueles que não controlam adequadamente os níveis de glicemia.

 

Quais são os sintomas da retinopatia diabética?

A maioria das pessoas que desenvolvem a retinopatia diabética não apresentam sintomas até que a doença já esteja muito avançada. Nesse caso, pode ser muito tarde para que seja iniciado um tratamento que ajude a evitar a progressão da doença. Por esse motivo, é muito importante que os pacientes portadores de diabetes façam avaliações visuais periódicas, realizadas por um oftalmologista. Dessa forma, tanto podem ser iniciados tratamentos propostos pelo oftalmologista quando podem ser realizados controles glicêmicos mais rigorosos, que ajudam a evitar a progressão da lesão da retina.

Quando existem sintomas, eles podem incluir:

  • Embaçamento visual
  • Pontos escuros no campo de visão
  • Dificuldade para enxergar com nitidez coisas que estejam no centro da visão, como em esforços para a leitura ou para dirigir
  • Dificuldade para distinguir cores diferentes

 

Existe um exame para avaliar se o paciente tem retinopatia?

Existem dois exames principais que podem ser solicitados aos pacientes portadores de diabetes:

  1. Exame de Fundo de Olho: exame realizado por um oftalmologista após a dilatação da pupila, realizada com a aplicação de um colírio. Com as pupilas dilatadas, fica mais fácil para o oftalmologista examinar com cuidado a retina, que é a parte mais posterior do olho.
  2. Imagem digital da retina: neste exame, um técnico fotografa a retina com a ajuda uma câmera especial. O oftalmologista avalia as imagens para dar seu parecer.

Se algum dos exames estiver alterado, podem ser necessários exames adicionais, como a Retinografia, que avalia os olhos com a ajuda da fluoresceína.

Os pacientes portadores de diabetes precisam passar por avaliações periódicas com o oftalmologista. Para aqueles que já têm retinopatia, eles precisam fazer avaliação, no mínimo, uma vez por ano, às vezes, com intervalos mais curtos, devendo seguir a orientação oftalmológica. Para quem ainda não tem nenhum sinal de retinopatia, o intervalo pode ser variável e depende do controle glicêmico e do tipo de diabetes.

Pacientes portadores de diabetes tipo 1 devem fazer sua primeira avaliação oftalmológica cerca de 3 a 5 anos após o diagnóstico do diabetes. Pacientes portadores de diabetes tipo 2 devem fazer sua primeira avaliação logo após o diagnóstico do diabetes.

 

Como é o tratamento da retinopatia diabética?

Quando o quadro é leve, pode não haver necessidade de nenhum tratamento específico para a retina, mas é extremamente importante manter o controle das glicemias dentro de faixas normais, além do controle adequado da pressão arterial e dos níveis de colesterol. Estes cuidados são extremamente importantes para evitar a progressão e piora da alteração da retina.

Quando existe a necessidade de um tratamento específico, ele pode incluir:

  1. Fotocoagulação: este é um tratamento feito com laser para selar ou destruir os vasos sanguíneos que crescem na retina.
  2. Medicamentos: existem alguns medicamentos que podem ser injetados no humor vítreo e que podem evitar a progressão da retinopatia.
  3. Vitrectomia: esta é uma cirurgia usada para retirar sangue que possa ter extravasado de um vaso sanguíneo da retina para o humor vítreo. 

 

Pode-se prevenir a ocorrência da retinopatia diabética?

Os pacientes portadores de diabetes devem tentar manter os níveis da glicemia bem controlados, assim como os níveis da pressão arterial normais. Eles devem também avaliar periodicamente os níveis de colesterol e passar em consultas médicas regularmente.

 

 

 

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