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O termo diabetes mellitus descreve doenças associadas à dificuldade da metabolização de carboidratos. Essa dificuldade acaba causando hiperglicemia, que é a elevação dos níveis de glicose (açúcar) no sangue. 

Essa dificuldade vem de um comprometimento relativo ou absoluto na secreção do hormônio insulina pelo pâncreas, juntamente com vários graus de resistência periférica à ação da insulina.

Dependendo do tipo de diabetes e do momento da investigação, pode ou não haver sintomas específicos da doença.

Os sintomas clássicos da presença de hiperglicemia (elevação do açúcar no sangue) e, portanto, do diabetes, são:

  • Poliúria: aumento da quantidade de urina. A pessoa portadora de diabetes urina mais porque o excesso de açúcar do sangue é eliminado pela urina; e essa glicose que vai para a urina acaba levando consigo mais água.
  • Polidipsia: aumento da sede. Como mais água é eliminada na urina, a pessoa portadora de diabetes tem um pequeno nível de desidratação e acaba tendo muita sede e bebendo uma grande quantidade de água durante o dia e à noite.
  • Noctúria: a pessoa costuma acordar muitas vezes para urinar durante à noite.
  • Visão turva
  • Perda de peso: embora a pessoa portadora de diabetes costume ter mais fome e comer mais do que habitualmente comia, ela geralmente emagrece, quando está em uma fase de sintomas da doença, já que os alimentos ingeridos não conseguem ser absorvidos adequadamente. Então, a pessoa come, mas as células do corpo continuam com fome, já que não conseguem absorver os nutrientes devido à falta de insulina ou a uma ação inadequada da mesma.

 APRESENTAÇÃO CLÍNICA DO DIABETES

Diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 é o tipo mais comum em adultos (> 90%).

Ele é caracterizado por hiperglicemia geralmente devido à perda progressiva da secreção de insulina associada a um fundo de resistência à insulina, resultando em deficiência relativa de insulina. 

A maioria dos portadores não apresenta sintomas no início da doença e  a presença de elevação da glicose no sangue costuma ser identificada em exame laboratorial de rotina.

Raramente os adultos com o tipo 2 podem apresentar um estado de hiperglicemia mais grave, que pode levar a desidratação grave e coma. Esse é um quadro de urgência e o paciente precisa ir a um pronto atendimento quando houver suspeita deste quadro.

Diabetes tipo 1

O diabetes tipo 1 é caracterizado pela destruição autoimune das células pancreáticas produtoras de insulina (células beta), levando à deficiência absoluta de insulina. O diabetes tipo 1 é responsável por aproximadamente 5 a 10% dos casos de diabetes em adultos.

A ocorrência de cetoacidose pode ser a apresentação inicial em aproximadamente 25% dos adultos com diabetes tipo 1 recém-diagnosticado. 

CRITÉRIO DIAGNÓSTICO

Hiperglicemia sintomática 

O diagnóstico é facilmente estabelecido quando um paciente apresenta sintomas clássicos de hiperglicemia (muita sede, aumento da quantidade e frequência de urina, perda de peso, visão embaçada) e tem um valor aleatório de glicose no sangue de 200 mg/dL ou superior.

Hiperglicemia assintomática 

O diagnóstico em um indivíduo assintomático (geralmente tipo 2) pode ser estabelecido com qualquer um dos seguintes critérios:

  1. Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL. O jejum é definido como nenhuma ingestão calórica por pelo menos oito horas.
  2. Valores de glicemia ≥ 200 mg/dL colhido 2 horas após a ingestão de 75 gramas de glicose por via oral (ou teste de sobrecarga oral de glicose).
  3.  Valores de Hemoglobina glicada (HbA1C) ≥ 6,5%.

Na ausência de hiperglicemia sintomática , o diagnóstico deve ser confirmado no dia subsequente por repetição da medição, repetindo o mesmo teste para confirmação. 

No entanto, se dois testes diferentes (por exemplo, glicemia de jejum e HbA1c) estão disponíveis e são concordantes para o diagnóstico de diabetes, testes adicionais não são necessários.

Pré-diabetes 

Os mesmos testes usados para o rastreio e diagnostico também podem ser usados para identificar indivíduos com pré-diabetes (significando alto risco de desenvolve-la subsequentemente):

  1. Glicemia em jejum entre 100 e 125 mg/dL.
  2. Glicemia de 2 horas durante o teste de tolerância oral com 75 g de glicose entre 140 e 199 mg/dL.
  3. HbA1C entre 5,7% e 6,5%.

Se o teste diagnóstico for consistente com pré-diabetes, ele deve ser repetido anualmente.

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