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O que é Osteoporose?

As pessoas costumam achar que os ossos são estáticos e que não mudam; mas a verdade é que os ossos estão constantemente passando por transformações. Algumas células especializadas dos ossos destroem partes mais velhas e, posteriormente, elas são reconstruídas com osso novo. O grande problema é que, durante o envelhecimento, a capacidade de formação de osso novo é menor do que a capacidade de destruição do osso antigo. Então, os ossos vão ficando porosos e frágeis.

Essa perda óssea pode acabar sendo importante a ponto do indivíduo desenvolver Osteoporose, definida como uma redução da massa óssea e a existência de um osso de qualidade ruim. Quando isso acontece, os ossos ficam muito fracos e existe um risco maior de fraturas. As pessoas com Osteoporose podem ter fraturas ósseas com impactos muito pequenos, como após uma queda por tropeçar no tapete da sala.

Por que se preocupar com a Osteoporose?

A cada ano, nos Estados Unidos, a Osteoporose leva a 1,5 milhões de fraturas, sendo:

  • 700.000 fraturas vertebrais
  • 300.000 fraturas de quadril
  • 250.000 fraturas do pulso
  • 250.000 fraturas de outras partes do corpo

As fraturas vertebrais e do quadril podem levar a dor crônica, deformidades, depressão, incapacidades e até a morte. Metade das pessoas que quebram o quadril não conseguirão andar sem assistência e 25% das pessoas precisarão de cuidados constantes.

Por que fazer Densitometria óssea?

O problema é que a Osteoporose não causa sintomas antes das fraturas acontecerem. Então, o exame de Densitometria Óssea é importante em pessoas com maior risco de desenvolver a doença; ele mede a densidade do osso, ou seja, se o osso está forte (mais denso) ou fraco (mais poroso). Neste último caso, podem ser adotadas medidas para evitar as fraturas e, quando necessário, prescritas medicações para melhorar a densidade óssea.

Quando fazer a Densitometria óssea?

A Osteoporose atinge principalmente as mulheres; além disso é muito mais frequente após a menopausa e o envelhecimento. Recomenda-se, então, o exame de Densitometria Óssea para mulheres após a menopausa e que tenham 65 anos ou mais. Em alguns casos, pode-se solicitar o exame antes dos 65 anos quando houver um ou mais dos fatores de risco citados:

  • Tabagismo
  • Uso de glicocorticoides por um período muito longo (exemplo: prednisona)
  • Baixo peso corporal  (menos de 58 kg)
  • Artrite reumatoide
  • História pessoal ou familiar de fratura não traumática ou causada por um trauma pequeno (exemplo: fratura ao cair da própria altura)
  • Consumo excessivo de álcool (3 ou mais porções ao dia)
  • História pessoal de uma doença que aumente a incidência de Osteoporose, como Diabetes, Hipertireoidismo, Hiperparatireoidismo, Menopausa precoce, Desnutrição ou malabsorção crônica, Doença hepática crônica

Há diferentes métodos para avaliar a massa óssea. O mais utilizado é o DXA (Dual-energy X-ray Absorptiometry). O equipamento pode fazer a quantificação da densidade óssea em coluna lombar, fêmur e antebraço, com uma quantidade mínima de radiação.

Recomenda-se a realização do DXA de coluna e fêmur, porque estes são os locais que mais conseguem predizer o risco de fratura osteoporótica, identificar os pacientes que devem ser tratados e monitorar a resposta ao tratamento. Para pessoas que não conseguem se deitar na cama para a leitura por DXA, pode-se fazer a leitura no antebraço. Em algumas situações clínicas como Hiperparatireoidismo e Hipertireoidismo, o antebraço deve sempre ser incluído, porque, nestes casos, o desgaste ósseo pode ser mais importante neste local.

Quando o exame tiver que ser repetido, em cerca de 2 anos, idealmente, ele deve ser realizado no mesmo equipamento; neste caso, consegue-se fazer a comparação para verificar se a densidade óssea está aumentando, reduzindo ou estabilizada.

Existem outros métodos para medir a densidade óssea:

  • Tomografia Computadorizada Quantitativa: é mais cara e usa uma quantidade maior de radiação.
  • Ultrassonografia: consegue medir a densidade óssea do calcâneo (calcanhar). O problema é que não existe padronização que indique o risco de fratura com este método. Só é usado quando não se pode fazer o DXA.

Como é realizada a Densitometria óssea?

Para a realização do DXA, o indivíduo se deita em uma mesa e um aparelho emite Raio X, enquanto outro mede a quantidade de RX que atravessa o osso. Essa captação cria uma imagem que será avaliada. O exame não causa nenhum desconforto, não implica na injeção de nenhuma medicação ou contraste e leva cerca de 5 a 10 minutos.

A quantificação que é verificada na leitura realizada pelo aparelho é expressa em “T” ou “Z” score. O T-score representa a comparação da quantificação do indivíduo com a de pessoas normais com ossos saudáveis. O Z-score instead representa a comparação da quantificação do indivíduo com outras pessoas da mesma idade. Usa-se com maior frequência o T-score; quanto menos o T-score, maior o risco de fratura.

Quando o T-score está entre +1 e -1, a densidade óssea está normal. Nestas situações, não está indicado nenhum tratamento; apenas medidas preventivas, como atividade física, alimentação com cálcio e vitamina D.

Osteopenia é o nome usado quando existe redução da densidade óssea, mas sem atingir o nível de Osteoporose; usa-se este termo quando o T-score está entre -1,1 e -2,4. Nestes casos, as medidas de precaução devem ser intensificadas e, em algumas situações, podem ser necessárias medicações.

A Osteoporose é diagnosticada quando o T-score é igual ou menor que -2,5. Nos casos de Osteoporose, as medidas de cuidados devem ser intensificadas ainda mais, assim como atenção para o risco de queda. Geralmente, é necessário o uso de medicações que ajudam a aumentar a densidade óssea.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) desenvolveu uma ferramenta online chamada Ferramenta de Avaliação do Risco de Fratura (Fracture Risk Assessment Tool ou FRAXhttp://www.shef.ac.uk/FRAX) que indica o risco em 10 anos de haver uma fratura por trauma mínimo. Essa ferramenta pode ser utilizada sozinha, mas idealmente deve ser associada ao DXA, especialmente se o risco de fratura for elevado. Esta ferramenta deve ser utilizada apenas para avaliação inicial, em paciente que nunca tenha apresentado fratura óssea.

O exame de DXA deve ser repetido:

  • A cada 2 anos em pacientes que tenham redução de densidade óssea ou que usem remédios que afetem os ossos e estejam em tratamento ou em pacientes com Osteoporose e que estejam usando medicamentos para melhorar a densidade óssea.
  • A cada 3 a 5 anos em mulheres com 65 anos ou mais com T-score entre -1,50 e -1,99 sem outros fatores de risco.
  • A cada 10 a 15 anos em mulheres com 65 anos ou mais com T-score entre -1,01 e -1,49 sem outros fatores de risco.