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Eu gostaria de abordar, nesta publicação, alguns aspectos sobre o uso de insulina.

  1. Fatores que afetam a ação da insulina:
    • Dose administrada de insulina: doses maiores tendem a levar mais tempo para serem absorvidas, o que pode fazer com que os picos de ação demorem mais para acontecer ou com que o tempo de duração da insulina dure mais.
    • Técnica de administração: o ângulo da agulha e a profundidade da administração são importantes para uma ação adequada.
    • Local da aplicação: embora seja importante fazer a rotação do local de aplicação da insulina, deve-se saber que a velocidade de absorção da insulina administrada varia de acordo com o local onde ela é aplicada. Essa velocidade vai depender da quantidade de gordura subcutânea: quanto mais gordura, menor a velocidade de absorção e, portanto, mais demora para a insulina ter efeito. Sabendo-se dessa variação, pode-se usar o mesmo local de aplicação para o mesmo momento do dia; por exemplo: aplicar no abdome antes da refeição e na coxa antes de dormir. 
    • Fluxo de sangue na região subcutânea: fatores que alterem o fluxo de sangue nos vasos subcutâneos podem afetar a velocidade de absorção da insulina. Como exemplo de fator que reduz o fluxo está o cigarro; algumas condições que aumentam o fluxo são exercícios, saunas, banhos quentes e massagens na região da aplicação de insulina. 
    • Intervalo de tempo desde a abertura do frasco ou da caneta de insulina: após o início do uso de um frasco (ou caneta) de insulina, ele tem validade de 28 a 30 dias, mantido em temperatura ambiente ou em geladeira (nunca no freezer ou no calor intenso). Após esse tempo, sua eficácia começa a cair e ele deve ser descartado. Deve-se verificar quanto tempo cada insulina pode ser usada após o frasco ser iniciado.
    • Fatores individuais: a mesma insulina administrada na mesma localização pode agir de formas diferentes em pessoas diferentes. Então, para cada paciente portador de diabetes, deve-se avaliar qual é a melhor insulina e local de administração.  

2. Situações especiais que merecem atenção e cuidado:

  • Comer fora: quando um portador de diabetes usuário de insulina for comer em um restaurante, por mais que ele tente calcular a quantidade de carboidratos ingeridos, pode haver oscilação na resposta à quantidade de insulina administrada, porque as porções podem ter variação quanto ao total de calorias, gorduras e carboidratos, comparadas com os pratos preparados em casa.
  • Cirurgia: sempre que um paciente portador de diabetes for submetido a uma cirurgia, é muito importante que seu médico esteja ciente para poder orientá-lo quanto à administração da insulina e de outros medicamentos.
  • Infecções: mesmo infecções leves, como um resfriado ou infecção urinária, podem levar a aumento dos níveis de glicemia e podem demandar ajustes nas doses de insulina. É importante entrar em contato com seu médico e aumentar a frequência dos controles glicêmicos feitos em casa.
  • Viagem: durante viagens, especialmente para outros países, em diferentes fusos horários, é muito importante que o portador de diabetes aumente a frequência dos controles glicêmicos e tente ajustar os horários de administração das insulinas. Em viagens, a alimentação costuma mudar bastante e, com frequência, caminha-se mais.